Ciclo das 5
GT 1: Antropologia Urbana
Coordenadora:
Profª Drª Isabela Oliveira Pereira da Silva (FESPSP)
Essa mesa se propõe a discutir o impacto que o desmonte da CLT e da previdência tem sobre as populações vulneráveis brasileiras. Também queremos desvendar o abismo entre as leis trabalhistas e a realidade dessas populações - principalmente quando consideramos recortes de raça, classe, gênero, sexualidade, deficiência e status de HIV.
Algumas perguntas para esta mesa:
#DireitoPraQuem - Quem tem acesso a justiça DO e NO trabalho? Quem tem acesso ao mercado formal de trabalho e quem não tem? Quais foram os direitos conquistados? Quais direitos estão sendo ameaçados?
#TerceirizaçãoNão - O que muda com a reforma trabalhista para grupos vulneráveis? Como pensamos nossos direitos trabalhistas hoje? Se a CLT já era inacessível a muitas, como o seu desmonte torna o acesso a condições dignas de trabalho um privilégio ainda maior? Qual o caminho para pensarmos os direitos dos trabalhadores autônomos?
#CadêMinhaAposentadoria - De que formas o aumento da idade mínima para se aposentar precariza ainda mais a vida das pessoas que envelhecem no Brasil?
#SaúdeÉDireito - Como a precarização de benefícios como plano de saúde afeta as populações vulneráveis, como a de profissionais vivendo com HIV?
#TrampoSaúdeDoença - Como as pessoas vivendo com HIV/aids serão afetadas pela flexibilização trabalhista, as barreiras que surgirão aos processos trabalhistas e as mudanças na previdência?
#LeisInternas - De que formas as empresas podem criar políticas internas para proteger os direitos de funcionárixs vulneráveis? O que elas podem ganhar com isso?
Mesa 1- ACESSO AO TRABALHO: diásporas, hierarquias e impermanências.
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02/10 - 17h
#empregoédireito
#trabalhoparatodes
#periferiatrabalhadora
#PCDcapaz
#LGBTcapaz
#mulhercapaz
#negracapaz
#HIVnalabuta
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Mediadora: Alê Almeida (A Revolta da Lâmpada)
Falas:
Luiza Coppieters
Erika Hilton
Carlos Henrique de Oliveira
Mesa 2 - DIREITO AO TRABALHO: desmonte, exploração e resistência
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03/10 - 17h
#nenhumdireitoamenos
#aposentadoriapraquem
#trabalharsemtemer
#trabalhadoresinformais
#LGBTCLT
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Mediadora: Luís Arruda (A Revolta da Lâmpada)
Falas:
Daniela Andrade
Cida Baptista (A Revolta da Lâmpada)
Filipe Pombo (RJSP)
Silvana Gimenes
Essa mesa se propõe a pensar as hierarquias visíveis e invisíveis nos espaços de trabalho, e como elas se convertem em pequenos e grandes assédios. Queremos investigar como as relações de poder se convertem em ações no ambiente de trabalho.
#FábricaDeAssédio - como os homens, ao dominarem espaços de trabalho, passam a subvalorizar e assediar, fisica ou psicologicamente, suas colegas e funcionárias mulheres?
#OMachismoEstáNosDetalhes - palavras gringas como mansplaining, gaslighting, manterrupting e bropriating estão sendo cada vez mais usadas nos espaços de trabalho para definir práticas machistas "sutis". O que elas significam? Como elas se traduzem na nossa realidade?
#RacistaEu? - Uma vez que o racismo estrutural normaliza o assédio a pessoas negras, muitas situações racistas em ambientes de trabalho são praticadas "sem perceber". Quais são elas? Como reconhecê-las?
#DoBanheiroÀBurocracia - Milhares podem ser as situações de assédio a pessoas trans em ambiente de trabalho: do constrangimento ao usar o banheiro até as questões burocráticas com o nome de registro. Como criar mecanismos para enfrentá-las?
#NãoÉPiada - Quais são as ofensas LGBTfóbicas mais comuns no trabalho? Como desarmar o argumento de que são apenas "piadas"?
#HIVa7chaves - Como o medo de perder o emprego contribui para o aprisionamento das pessoas vivendo com HIV/aids no armário? De que formas sutis se dá a discriminação e a demissão sorofóbicas? Como a lei 12984, que criminaliza a sorofobia, pode ajudar as pessoas a se defenderem?
Mesa 3 - ASSÉDIO NO TRABALHO: do micro ao macro
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04/10 - 17h
#meucorpominhasregras
#transfobiaeburocracia
#racismoehierarquia
#HIVnãoévergonha
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Mediadora: Luana Torres (A Revolta da Lâmpada)
Falas:
Sladka Null
Alê Almeida (A Revolta da Lâmpada)
Carué Contreiras (A Revolta da Lâmpada)
Tuca Munhoz
A humanidade é diversa mas a cultura corporativa não. Existe uma cartilha rígida de como se portar nos espaços de trabalho que difere da cultura de grupos minorizados. Essa mesa se propõe a pensar as estruturas de poder da cultura corporativa, e em como as pessoas desviantes podem empreender para desconstruir e ressignificar seus códigos, normatizações e vigílias.
#LawEnforcement - Como as relações de poder massificam as relações corporativas? Como a “impessoalidade” corporativa afasta o afeto e a empatia no trabalho?
#ContraAFirmatização - Quais são os meios de evitar que nossas identidades desviantes sejam normatizadas pela cultura corporativa? Como ocupar o mercado de trabalho sem deixar nossas culturas da porta pra fora?
#PajubáFluente - Como nosso capital cultural e político - nossas estéticas, vocabulários, linguagens, códigos, métodos, etc - podem servir como potências criativas e transformadoras dentro dos espaços de trabalho?
#Empregabilidade - Quais os principais desafios, hoje, para a contratação, capacitação e fortalecimento de populações sub-representadas no mercado de trabalho?
#NegóciosEmDiversidade - O que está sendo feito para hackear os espaços laborais e ampliar os acessos às nossas comunidades?
Mesa 4 - DIVERSIDADE CORPORATIVA: o capital cultural é nosso
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05/10 - 17h
#vigiarepunir
#ocuparemostodososespaços
#capitalcultural
#homosexualxbicha
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Mediadoras: Vi Grunvald (A Revolta da Lâmpada)
Falas:
Luana Torres (A Revolta da Lâmpada)
Gustavo Bonfiglioli e Ariel Nobre (A Revolta da Lâmpada e Pajubá Diversidade em Rede)
Panosocial
Equipe InfoPreta
Magô Tonhon
Essa mesa se propõe a refletir sobre os acessos e as trajetórias de trabalhadoras/es sub-representados em seus espaços de trabalho, e sobre as relações de poder criadas a partir destas trajetórias.
Algumas perguntas para esta mesa:
#SegundoExpediente - Uma trabalhadora que mora na periferia atravessa a cidade inteira todos os dias para trabalhar. Como isso interfere na experiência humana de trabalho? Como os cruzamentos de raça, classe, gênero, sexualidade e deficiência tornam o transporte público desigual?
#AcessibilidadeSim - Quais ainda são as adaptações de infraestrutura que as empresas e instituições precisam fazer para receber pessoas com deficiência?
#Meritocrazzzzz - Porque pessoas negras, LGBTs, mulheres e PCDs precisam provar seus méritos duas, três, quatro vezes mais para serem legitimadas nas estruturas de trabalho? Como isso impacta na experiência e no próprio senso de capacidade dessas populações?
#TesteDoPescoço - Porque a esmagadora maioria dos cargos de chefia ainda é masculina e ocupada pela branquitude e pela cisheteronorma? Porque a esmagadora maioria da mão de obra explorada no Brasil é feminina e negra?
#TransTrabalha - Porque as portas das empresas ainda estão fechadas para pessoas trans e travestis? O que o fato de 90% das mulheres trans e travestis brasileiras trabalharem com prostituição revela sobre o mercado de trabalho formal e informal?
#HIVnoCV - Como o status de HIV influencia o acesso das pessoas ao mercado de trabalho, e o que representa esse marcador adicional na empregabilidade de pessoas negras?
Programação Ciclo das 5
TRABALHO E CORPOS VULNERÁVEIS: A FIRMA IMITA A SOCIEDADE
O Ciclo das 5 de 2017 pretende pensar como o mercado de trabalho reflete as estruturas de opressão e hierarquização de corpos impostas na sociedade.
Todas as mesas serão interseccionais, com recortes de raça, classe, gênero, sexualidade, idade e status de HIV. Mesa a mesa, discutiremos a relação de cada um desses recortes com quatro macro-temas contemporâneos sobre o universo trabalhista brasileiro: ACESSO, DIREITOS, ASSÉDIO e DIVERSIDADE CORPORATIVA.